Reflexões

A Construção da Autonomia

A conquista da autonomia por crianças com déficit intelectual é um processo lento, desafiador e apaixonante. Exige paciência, dedicação, afeto e resiliência por parte de todos os envolvidos.
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Os Pequenos são tirados de sua zona de conforto, dando o melhor de si no período de estimulação e na jornada de aprendizagem como um todo. Já os adultos (profissionais, acompanhantes e Pais), além de serem responsáveis por apoiar esta construção, precisam quebrar paradigmas e aprender a não fazer equiparações: cada criança tem seu tempo e ritmo de desenvolvimento. Mais importante do que compará-los é entender como cada uma está evoluindo em relação à sua condição e ao seu próprio potencial.

Os avanços a serem medidos são os da criança com ela mesma, sem olhar para o lado.

Imagino que para os profissionais envolvidos, esta lição é absorvida logo nos primeiros dias dos respectivos cursos de formação. Mas para nós, Pais/Mães de crianças com deficiência, a compreensão pode não ser trivial e demorar para acontecer. Mas quando chega, diminui a angústia e deixa tudo mais fácil. Acompanhar e participar do processo sem fazer comparações, implica uma jornada mais leve e proveitosa para todos.

A autonomia é a base do desenvolvimento da consciência de um cidadão – e portanto, vai além de ensiná-lo a andar ou comer sozinho. Passa por impor limites e, no momento certo, mostrar os direitos e deveres – e por isto, dura “quase que para sempre”. Ela é fundamental para que, no futuro, as crianças atípicas se tornem adultos independentes, protagonistas das próprias histórias e donos de suas vontades – como qualquer ser humano e assim como tantas pessoas com síndrome de Down estão fazendo atualmente – e nos enchendo de orgulho.

Devagarzinho chegamos lá! 👊🏼⚡️💕🌈.
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